Quando
atingem
A
adolescência,
Voam
para as alturas
Até
se transformarem em estrelas.
Os
vaga-lumes machos,
Ficam
aqui embaixo, na terra,
Cortejando-as
Com
seus poemas
De
imagens cintilantes.
E
como acontece, com a maioria das fêmeas,
Elas
não resistem
As
brilhantes investidas poéticas
Dos
sedutores bichinhos telúricos.
Então,
elas mergulham
Apaixonadamente;
Deixam
de ser estrelas
Para
se transformarem
Em
senhoras vaga-lumes.
São
as ditas cadentes.
magem apudu: https://www.vagalume.com.br/hugo-pena-e-gabriel
Acesso em 20 novembro 2016
magem apudu: https://www.vagalume.com.br/hugo-pena-e-gabriel
Acesso em 20 novembro 2016
Caro Júlio,
ResponderExcluirPeço perdão por ter usado teu excelente poema para confeccionar este infame pastiche. Como diria o provérbio: "Perde-se o amigo, mas não se perde o mote":
Acróstico
E um dia, como sói a natureza
Separou estrelas e vaga-lumes
Tudo certinho em nome da pureza
Racionalmente, não houve ciúmes
Era o bom resultado da esperteza
Logrando tirar do céu o negrume
Assim assegurou sua destreza.
Certo. Mas também muito consciente
Achou que podia ainda melhorar
Dentro duma concepção leniente
Ela, numa demonstração regular
Notou que vaga-lume descontente
Tinha razão em muito reclamar
Então concebeu a estrela cadente.