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domingo, 20 de novembro de 2016

LUMINOSOS VII (POEMA DE IMAGENS CINTILANTES)




Os vaga-lumes fêmeas,
Quando atingem
A adolescência,
Voam para as alturas
Até se transformarem em estrelas.
Os vaga-lumes machos,
Ficam aqui embaixo, na terra,
Cortejando-as
Com seus poemas
De imagens cintilantes.

E como acontece, com a maioria das fêmeas,
Elas não resistem
As brilhantes investidas poéticas
Dos sedutores bichinhos telúricos.
Então, elas mergulham
Apaixonadamente;
Deixam de ser estrelas
Para se transformarem
Em senhoras vaga-lumes.

São as ditas cadentes.

magem  apudu: https://www.vagalume.com.br/hugo-pena-e-gabriel
Acesso em 20 novembro 2016

Um comentário:

  1. Caro Júlio,
    Peço perdão por ter usado teu excelente poema para confeccionar este infame pastiche. Como diria o provérbio: "Perde-se o amigo, mas não se perde o mote":

    Acróstico

    E um dia, como sói a natureza
    Separou estrelas e vaga-lumes
    Tudo certinho em nome da pureza
    Racionalmente, não houve ciúmes
    Era o bom resultado da esperteza
    Logrando tirar do céu o negrume
    Assim assegurou sua destreza.

    Certo. Mas também muito consciente
    Achou que podia ainda melhorar
    Dentro duma concepção leniente
    Ela, numa demonstração regular
    Notou que vaga-lume descontente
    Tinha razão em muito reclamar
    Então concebeu a estrela cadente.

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Muitíssimo obrigado pela sua visita.